terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Papa e os preservativos 3: o Papa não liberou a camisinha




Um famoso editor do New York Times, falando a alunos de jornalismo dos USA, declarou: “Good news? No news!”. O que interessa, de maneira geral, à imprensa, é o escândalo, é o diferente, é a novidade. Por isso, quando não há novidades, a imprensa às vezes cria alguma, pinçando uma situação ou frase, tirando-a de seu contexto, o que às vezes cria algo bombástico - e que vende jornal...

Mais uma vez, a histeria anticatólica da imprensa e da sociedade leiga de maneira geral tratou de estampar em todas as manchetes: “O Papa liberou a camisinha!”. Nada mais falso. O que Papa declarou ao jornalista alemão Peter Seewald, revelado no livro-entrevista lançado por este, reproduzo aqui, ipsis literis:

“Concentrar-se só no preservativo quer dizer banalizar a sexualidade e esta banalização representa precisamente o motivo pelo qual muitas pessoas já não vêem na sexualidade a expressão de seu amor, mas só uma espécie de droga, que se fornecem por sua conta. Por este motivo, também a luta contra a banalização da sexualidade forma parte do grande esforço para que a sexualidade seja valorizada positivamente e possa exercer seu efeito positivo no ser humano em sua totalidade. Pode haver casos justificados singulares, por exemplo, quando um prostituto utiliza um preservativo, e este pode ser o primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência sobre o fato de que nem tudo está permitido e de que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, este não é o verdadeiro modo para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade.”

A doutrina da Igreja sobre sexualidade não mudou, e nem o Papa mudou. Não se trata de pode ou não pode usar camisinha, pode ou não pode usar pílula anticoncepcional. Também não se trata de proibir isto ou aquilo porque “é perigoso”, ou porque o HIV passaria pelos poros do preservativo, e portanto, este seria ineficaz. Nada disso.

A Doutrina da Igreja é clara: o sexo só tem razão de existir e acontecer dentro do contexto do casamento, e deve estar aberto à reprodução. Portanto, qualquer medida que vise diminuir ou impedir esta dimensão procriadora do sexo é moralmente inaceitável, seja ela qual for: preservativo, pílula anticoncepcional, pílula do dia seguinte, coito interrompido, masturbação, espermicida, o que quer que seja. Camisinha funciona: sim, e muito bem. Pílula anticoncepcional funciona? Também. Mas não é por isso que devam ser liberados.

Nesta fala do Papa, fica claro que o uso do preservativo, nesses casos relatados explicitamente (profissionais do sexo), poderia ser justificado apenas como o primeiro passo rumo a uma nova mentalidade e conscientização sobre a própria sexualidade, apenas como algo temporário e passageiro, rumo a uma nova vida, liberta dessa situação triste em que se encontram.

Quem é católico, portanto segue os ensinamentos da Igreja, não precisa de camisinha. Quem não é católico, e que acha que a vida gira em torno do sexo, que a use. O mundo hipersexualizado em que vivemos tem muita dificuldade de entender e aceitar esta doutrina da Igreja. Mas vamos em frente!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sinais dos tempos...

Finalmente, acabou uma das eleições presidenciais brasileiras mais cheias de escândalos e de debates, na maioria das vezes, estéreis, de desmentidos de ambos os lados, de acusações mútuas e inúmeras explicações de ambos os lados.

Os debates sobre o aborto dominaram boa parte da campanha, e foi salutar. Foi muito saudável ver este tema tão delicado ser trazido à tona pelos candidatos, que apesar de serem ambos favoráveis ao aborto, em diferentes épocas e circunstâncias, acabaram ambos se comprometendo de público a não aprovar leis que favoreçam esta prática nefasta e criminosa, assim como a liberdade religiosa  Ponto para a democracia e ponto para a Igreja, que fez valer a sua autoridade moral ao criar e fazer aprovar a Lei da Ficha Limpa e e por trazer à tona este debate à campanha presidencial. O Estado é laico, mas o povo não - e o povo é quem decide, de acordo com seus valores e princípios éticos e morais.

Afinal, a popularidade do atual presidente, Lula, prevaleceu e ele conseguiu eleger sua sucessora: Dilma Roussef, do PT, ex-ministra das Minas e Energia e ex-ministra chefe da Casa Civil do mesmo Lula.

Ela já começou fazendo história: é a primeira mulher a ser eleita  presidente da República do Brasil. Que ela cumpra suas promessas de não encaminhar e muito menos aprovar leis e projetos contrários à vida, como o famigerado PNDH3, que prevê vários desses projetos anti-cristãos.

Estamos todos de olho. Creio firmemente que o Brasil é maior que qualquer presidente, e resistirá a qualquer governo. Não votei na Dilma, mas o povo a escolheu, cabe a todos nós aceitar o resultado da eleição. Mas também cabe a nós, cristãos, exercer a nossa tarefa evangélica de ser sal, fermento e luz, ao denunciar o que se opõe ao projeto de Deus, sendo profetas dos nossos tempos.

Que Deus abençoe nossa presidente. Que seu governo seja frutífero e traga paz e prosperidade ao nosso povo. Assim seja!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

domingo, 12 de setembro de 2010

Ficha Limpa neles! A favor da vida, sempre!

A sanha dos seguidores do mal continua a todo vapor. A vida continua na berlinda, sendo atacada continuamente de todos os lados. Haja força e coragem para nós, cristãos, combatermos tantas maldades.

Em todo o mundo, pipocam ações em países governados por todas as tendências políticas, mas todas unânimes contra a vida. Os casos mais recentes: a aprovação do “casamento” gay em vários países, sendo o caso mais recente o da Argentina, e a aprovação do aborto em vários países, inclusive em alguns de longa tradição cristã, como Portugal e Espanha. Neste último, a relativização da vida foi tão intensa que é permitido a uma adolescente abortar sem o conhecimento dos pais. Em Portugal, algo semelhante: é permitido às adolescentes abortar, mas é proibido usar piercings. Quanta relatividade...

Aqui no Brasil, há uma campanha agressiva para a aprovação dos dois delitos contra a vida. Há poucos dias, o presidente da associação brasileira de ginecologia e obstetrícia disse, em entrevista à TV, em programa nacional, a respeito de uma personagem da novela das oito, Passione, claramente ser a favor do aborto, ao declarar que não faria o aborto, mas apenas recomendaria a uma cliente que abortasse por conta própria e depois o procurasse em seguida para não ter complicações como a personagem da novela. Que exemplo...

Outra campanha agressiva é a dos grupos de defesa dos direitos dos homossexuais, que estão lutando para que o famigerado plano nacional de direitos humanos 3 (PNDH3) seja aprovado com todos os “direitos”: casamento gay e aborto. Chegam ao cúmulo de dizer que o casamento não pode ser “privilégio” dos heterossexuais...

Neste próximo mês de outubro, teremos eleições estaduais e federais, legislativas e executivas. Temos todos uma grande oportunidade de varrer do mapa político os maus políticos, novamente candidatos aos mais variados cargos, que costumam tomar posições contra a vida. Vários tiveram suas candidaturas impugnadas pela Lei da Ficha Limpa, uma grande vitória da democracia brasileira, cuja grande responsável foi a Igreja, através da CNBB. Somente depois é que apareceram outras instituições apoiando a causa, como a OAB.

Nós, cristãos e católicos em particular, temos a grave obrigação moral de votar livre e conscientemente; e de escolher candidatos que defendam a vida e que não pertençam a partidos que tradicionalmente são contra a vida. Reproduzo aqui algumas orientações para o voto consciente de Dom Raymundo Damasceno, Arcebispo de Aparecida:

“A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível. Não pode nem deve pôr-se no lugar do Estado. Mas também não pode, nem deve ficar à margem na luta pela justiça” (Bento XVI).

É dever da Igreja orientar os fiéis para que possam participar, democraticamente, com consciência, liberdade e responsabilidade do processo político-eleitoral, apontando critérios éticos e morais que devem ser levados em consideração no momento da escolha do seu candidato. Por isso, na hora de decidir o voto, é importante que o eleitor tenha em mente alguns pontos para nortear sua escolha:
1. Não negocie, nem anule o seu voto: o voto deve ser consciente, livre, responsável e não uma troca de favores. Quem o vende contribui com a corrupção e tem a mesma parcela de culpa daquele que compra. Se vir alguma prática neste sentido, denuncie, imediatamente, às autoridades competentes;
2. Procure conhecer seu candidato: quem é ele? Qual seu histórico de vida? Quais são suas idéias e propostas em relação à saúde, educação, combate a violência, ao crime organizado, reforma agrária? Tem projetos que visam o bem comum, ou somente interesses pessoais e de grupos? Seu nome está envolvido em denúncia de corrupção ou algum escândalo de cunho ético ou moral? É defensor da democracia, da liberdade de expressão e do respeito as convicções religiosas e da livre manifestação da fé? Está comprometido com a justiça social, com a observância e o cumprimento dos direitos humanos, com o pleno respeito a vida humana, desde a sua concepção até à morte natural, e com políticas públicas que beneficiem o bem-estar da população, principalmente, dos mais pobres?
3. Seja coerente consigo mesmo e com seus princípios: não vote pelos resultados que as pesquisas apresentam, ou por outro qualquer motivo, que interfira na sua liberdade de escolha. O voto é livre. Vote naquele (a) que você perante Deus, a sociedade e sua consciência julgar merecer o seu voto;
4. Após a eleição: acompanhe o desempenho, as ações e as decisões políticas e administrativas daqueles que, democraticamente, foram eleitos para governar e legislar em nosso País. Cobre a coerência e o cumprimento dos compromissos assumidos durante a campanha eleitoral, e apóie iniciativas em favor do bem-estar integral da população.

Escolher os representantes para o Congresso Nacional ou Assembléias Estaduais não é tarefa fácil; é um desafio. É preciso, pois, ter espírito crítico, discernimento e interesse pelo bem de toda a sociedade. Assim, conseguiremos, de fato, exercer nossa cidadania e contribuir na construção de um Brasil mais humano, solidário e justo para todos.

Que Deus, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, nos ajude e nos ilumine neste propósito!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Igreja, sacerdotes e pedofilia


"Não se atiram pedras em árvores que não dão frutos."

Mais uma vez, estamos diante de uma nova onda de ataques à Igreja por causa de denúncias (nem sempre comprovadas, é importante dizer) de pedofilia por parte de sacerdotes católicos. As denúncias pipocaram em seqüência, quase dando a impressão que se trata de ações orquestradas. Não foi a primeira e não será a última. De tempos em tempos, surgem destas ondas de ataques, mas todos os que previram o fim da Igreja e / ou tentaram destruí-la já encontraram o seu fim, e os atuais também vão encontrar o seu. A Igreja é instituição divina, tem a assistência direta do Espírito Santo, conforme prometido pelo próprio Jesus Cristo. Não é pelos nossos méritos, mas pelos de Cristo Jesus, que confiou a continuidade de sua obra à Igreja.

Mas, infelizmente, os sacerdotes também são seres humanos: falíveis, imperfeitos, sujeitos às quedas que todos nós estamos. Porém, pelo caráter sagrado destes, qualquer escorregão vira escândalo. Além disso, a visibilidade e a importância humana, histórica, cultural e religiosa da Igreja a torna mais visada que qualquer outra instituição. Um dado estatístico importantíssimo, que não pode ser ignorado nestas análises, é que o número de sacerdotes católicos é muitíssimo maior que o de pastores protestantes e o de rabinos; logo, é esperado que haja mais sacerdotes católicos envolvidos em problemas que os dois grupos anteriores, por uma mera questão populacional.

Outro dado, tão ou até mais importante que o anterior, é que a maioria esmagadora de pedófilos encontra-se, infelizmente, no seio do lar da criança violentada. Muitas vezes é o pai, o padrasto, um irmão, um tio, que praticam esses atos condenáveis sob todos os aspectos e ângulos. Também há pedófilos em todas as profissões e níveis da sociedade: há médicos pedófilos, juízes pedófilos, advogados pedófilos, trabalhadores rurais pedófilos, pastores pedófilos, rabinos pedófilos, e uma infinidade de exemplos mais.

A maior maldade, porém, é a tentativa sórdida de associar os casos de pedofilia ao celibato sacerdotal, como se os poucos casos de pedofilia envolvendo sacerdotes fossem a maioria, quando não são! Há pedófilos na sociedade em geral, como têm mostrado as várias operações internacionais recentes que a Interpol tem feito, com a participação da Polícia Federal brasileira, nas quais foram presos pedófilos hetero e homossexuais em várias partes do mundo. Em todas essas operações, não consta ter sido presos muitos sacerdotes católicos.

Recentemente, saiu um artigo lúcido e equilibrado do jornalista João Pereira Coutinho, publicado na Folha de São Paulo de 23/03/2010, que diz: “o jornalismo preguiçoso deveria separar a histeria anticatólica da verdade criminal”. Este mesmo texto ainda chama a atenção para o preconceito anti católico da nossa sociedade hipersexualizada, que não aceita o celibato religioso nem a moral sexual católica, considerando-os quase como uma aberração, tara ou desvio, quando não são. O mesmo artigo traz outro dado muito claro, da terra do Papa Bento XVI, a Alemanha: desde 1995, houve 210.000 (isso mesmo: duzentas e dez mil!) denúncias de abusos sexuais a menores; apenas 300 envolveram sacerdotes católicos – algo em torno de 0,2%.

Vários representantes da Igreja já se manifestaram a respeito, a exemplo do Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer:

http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/artigos/2010/artigos_100410_pedofilia.htm

O Bispo Auxiliar de Aracaju, Dom Henrique Soares:

http://costa_hs.blog.uol.com.br/arch2010-04-04_2010-04-10.html#2010_04-08_23_32_11-2574690-0

Por fim, louvemos a coragem evangélica e a lucidez do nosso Papa Bento XVI, que decretou tolerância zero para esses casos tristes e tem publicamente falado sobre o assunto, aceitado a renúncia de bispos que foram coniventes com esses abusos, destituído sacerdotes que foram comprovadamente pegos nesses atos e entregando-os às autoridades civis de cada país para as devidas sanções legais, pedindo perdão às vítimas e seus familiares e, mais que isso, tem oferecido a ajuda possível nesses casos.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Direitos humanos para quais humanos?


Está em curso no Brasil mais uma tentativa de aprovar leis que atendem aos interesses de uma minoria autoritária que está no comando do país: o Plano Nacional de Direitos Humanos 3. Essa minoria está, mais uma vez, tentando fazer valer sua vontade contra a vontade da maioria do povo brasileiro, que é um povo tolerante, pacífico e profundamente religioso. Não há, entre nós, disputas religiosas nem raciais intransponíveis, nem há qualquer problema na manifestação religiosa de quem quer que seja, de qualquer religião, apesar do fato inegável e irrefutável do Brasil ter sido criado e plasmado sob o signo da cruz e de ter sido a fé católica o motor da maioria das ações criadoras neste país. Nosso primeiro nome, assim que oficialmente descoberto, foi Terra de Santa Cruz! Quantas cidades, rios, lagos, lugares, têm nomes de santos católicos! Muitas de nossas cidades, talvez a maioria, têm nas igrejas católicas seus marcos de fundação e seus pontos referenciais mais importantes. Como querer esconder esta realidade tão palpável?
Esse mesmo grupo está tentando, ainda, pasmem, mudar os nomes de lugares públicos históricos para nomes ligados à corrente de pensamento político atualmente no poder, numa clara tentativa de reescrever a História. Muitas ditaduras de várias vertentes já tentaram o mesmo...
O que ainda piora as coisas é que querem calar os setores da sociedade contrários a este nefasto plano, principalmente a Igreja; como se nós, cristãos e católicos em particular, não tivéssemos direito de voz nem de voto. Gostaria apenas de lembrar que vivemos em um país democrático, onde todos têm direito de manifestar a sua opinião. E mais: esta mesma democracia que permite a todos manifestar a sua opinião é de origem cristã...
O tal Plano Nacional de “Direitos Humanos”, da maneira que foi proposto, fere mortal e frontalmente valores cristãos que estão profundamente enraizados na alma do nosso povo. Como pode a vontade de uma minoria que está no poder prevalecer sobre a vontade de todo o povo brasileiro? Causa estranheza e até revolta que um presidente que veio do povo, como ele próprio gosta de dizer, tenha aprovado tal projeto tão autoritário e ofensivo para grande parte da população. Talvez ele diga como disse em várias outras ocasiões infelizes de seu governo: que não sabia de nada...
Gostaria de destacar apenas 3 pontos mais polêmicos: a liberação do aborto, o “casamento” homossexual e a proibição da ostentação de símbolos religiosos em lugares e repartições públicos.
O aborto é um crime dos mais pérfidos e perversos, pois atinge seres humanos quando estão em sua fase de vida mais frágil e são completamente indefesos. A vida começa na concepção, desde que o espermatozóide se une ao óvulo, mesmo antes da primeira divisão celular. A vida é o nosso bem maior, que todos temos a obrigação de defender.
Por que equiparar a união homoafetiva ao casamento? Cada pessoa é livre para fazer da sua vida o que quiser, sem ser discriminado por isso, mas não tem o direito de obrigar terceiros, principalmente crianças, a viver sob condições contrárias à lei natural, à lei humana devidamente aprovada nas instâncias competentes e ao plano de Deus, que criou o casamento como união indissolúvel entre um homem e uma mulher. Os homossexuais devem fazer valer seus direitos civis enquanto cidadãos, como nos casos de heranças, pensões, cobertura de dependentes em planos de saúde, por exemplo; mas estes pontos podem ser resolvidos através de um contrato civil – não precisa haver casamento formal para tais efeitos.
Tirar os símbolos religiosos dos lugares públicos é de um autoritarismo sem precedentes. Vivemos em um estado laico, mas laico não é sinônimo de anti-religioso, e sim de respeito a todas as religiões. A maioria do povo brasileiro é cristã e não há nenhum problema em mostrar a sua religião. Novamente vemos uma minoria de matriz ideológica socialista e marxista querendo impor o seu ponto de vista e o seu poder provisório e transitório contra o pensamento da maioria da população.
Que Deus nos ajude e nos ilumine a enfrentar mais esta investida contra a Igreja e contra o povo católico do nosso Brasil. Que possamos todos fazer como o nosso patrono, São Paulo: “ai de mim, se não anunciar o Evangelho!”.

(artigo publicado no jornal "O Semeador", nº 689, de 13/02/2010, na coluna do MCC)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Dra Zilda Arns Neuman


O Brasil, as crianças carentes deste país e a Igreja no Brasil estão de luto: morreu no terremoto do Haiti a fundadora da Pastoral da Criança e, mais recentemente, da Pastoral da Pessoa Idosa, a Dra Zilda Arns.

Médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns é irmã do arcebispo emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns. Mãe de cinco filhos e viúva desde 1978, dedicou a vida a causas humanas e solidárias.

Fundou a Pastoral da Criança em 1983, organismo de ação social ligado à CNBB, que tem como objetivo o desenvolvimento integral das crianças pobres e que promove, em função delas, também suas famílias e comunidades.

A Pastoral da Criança atua no Brasil por meio de 261 mil voluntários, que acompanham mais de 1,8 milhão de crianças e 95 mil gestantes, em mais de 42 mil comunidades de 4.066 municípios brasileiros.

Que Deus Pai traga o conforto à família e a todos os amigos e admiradores desta mulher fantástica, e que seu exemplo sirva de estímulo aos que a seguiram neste caminho que salvou da morte milhares de crianças carentes pelo Brasil.