sábado, 1 de julho de 2017

Charlie Gard





O bebê Charlie Gard, de 10 meses, está comovendo o mundo. Vítima de miopatia mitocondrial, doença genética rara e sem tratamento conhecido, está internado em Londres, na Inglaterra. Seu caso foi definido como fora de possibilidade terapêutica pela equipe do hospital, que decidiu pelo desligamento das máquinas que o mantém vivo.

Seus pais, Connie Yates e Chris Gard, lutam para manter seu pequeno Charlie vivo. Chegaram a apelar ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, que infelizmente, deu razão ao hospital e ao judiciário inglês, e autorizou o desligamento dos aparelhos mesmo sem autorização dos seus pais, na Inglaterra, uma decisão que o Vaticano já lamentou.

Connie Yates e Chris Gard tentaram levar o seu filho para os EUA, para um tratamento experimental, travada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que deu razão aos especialistas que sustentam o desligamento das máquinas para não provocar mais sofrimento da criança, de 10 meses.

D. Vincenzo Paglia, presidente da Academia Pontifícia para a Vida (Santa Sé), lançou um apelo em favor do respeito pela vontade dos pais, sublinhando que este caso “toca” as pessoas pela sua dimensão de “dor e de esperança”.

“Não se pode nunca levar a cabo algum gesto que termine intencionalmente uma existência humana, incluindo a suspensão da alimentação e da hidratação”, assinalou o arcebispo italiano.

Para este responsável, é necessário também ter noção dos “limites do que é possível fazer”, em termos médicos, num “serviço ao doente que deve prosseguir até à morte natural”.

D. Vincenzo Paglia pede que seja “respeitada e ouvida a vontade dos pais” e que, ao mesmo tempo, eles recebam ajuda para “reconhecer a gravosa peculiaridade da sua condição, de tal forma que não podem ser deixados sozinhos para tomar decisão tão dolorosa”.

“Quando a aliança terapêutica entre paciente (neste caso os seus pais) e médicos se interrompe, tudo se torna mais difícil e somos obrigados a percorrer a posição extrema da via jurídica, com os riscos de instrumentalizações ideológicas e políticas”, adverte o responsável da Santa Sé.

Os pais de Charlie Gard vão poder passar mais tempo com o seu filho, depois de o Hospital Great Ormond Street ter decidido não desligar a máquina hoje.

Até o momento desta postagem, o hospital ainda não tinha desligado as máquinas.

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