quinta-feira, 6 de junho de 2019

O santo da sala de cirurgia



O Papa Francisco aprovou em 2017 um decreto que reconhece as virtudes heroicas do Servo de Deus Vittorio Trancanelli, fiel leigo italiano, médico de profissão, conhecido pela sua proximidade com os doentes, apesar dele mesmo sofrer uma dolorosa doença.

O Dr. Vittorio Trancanelli nasceu na cidade de Spello, na província italiana de Perugia, em 26 de abril de 1944. Sua família chegou a esta pequena cidade no centro da Itália em abril de 1944, a fim de fugir dos combates da Segunda Guerra Mundial .

Depois de estudar em Assis, mudou-se à cidade de Perugia, onde se formou como médico e cirurgião. Após se casar aos 21 anos, ele e a sua esposa, Lia Sabatini, viveram em Perugia, onde exerceu a sua profissão no Hospital Silvestrini.

Em 1976, nasceu Diego, seu único filho biológico – posteriormente adotou 7 crianças –, um mês depois de sofrer uma colite ulcerosa grave com peritonite difusa que quase causou a sua morte.
Esta doença e a necessária operação para salvá-lo causaram sequelas para o resto da sua vida. Especificamente, os cirurgiões tiveram que realizar uma ileostomia que levaria a sua morte, mesmo que somente a sua esposa e alguns amigos soubessem.

Depois da sua recuperação, voltou a trabalhar. Seu compromisso com os doentes e sua proximidade com aqueles que sofrem fez com que os seus companheiros o chamassem o “santo da sala de cirurgia”.

Na década de 1980, começou a se sentir cada vez mais atraído pelos textos da Bíblia. Começou a estudar as Sagradas Escrituras e a colaborar com o Centro Ecumênico, em San Martin, em Perugia.
Posteriormente, fundou, junto com sua esposa e alguns amigos, uma associação cuja finalidade era acolher mulheres e crianças em situação de exclusão social. Seu compromisso com os mais desfavorecidos foi tão grande que o casal se comprometeu e adotou sete crianças, algumas deficientes.

Após um período de intenso trabalho profissional, sofreu outra grave doença e faleceu em 24 de junho de 1998. Antes da sua morte, cercado por sua esposa e filhos, se dirigiu a eles e disse: “Por isso vale a pena viver, não para tornar-se alguém, fazer uma carreira ou ganhar dinheiro”.

Em seu funeral, no qual esteve presente uma multidão, o Bispo de Perugia, Dom Giuseppe Chiaretti, afirmou: “Eu considero Vittorio um santo leigo”.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Cinco fatos sobre são José Moscati



São José Moscati foi um médico que viveu a caridade cristã ajudando na recuperação da saúde física e espiritual de seus pacientes pobres.
O Papa Paulo VI o beatificou em 16 de novembro de 1975 e, em 25 de outubro de 1987, foi canonizado pelo Papa João Paulo II.
Através destes 5 fatos, você conhecerá a incrível vida de São José Moscati, médico renomado da primeira década do século XX.
Foi nomeado membro da Academia Real Italiana de Medicina Cirúrgica e recebeu um doutorado em química fisiológica.
São José também supervisionou o Instituto de Anatomia Patológica local. Na sala de autópsia, instalou um crucifixo com uma inscrição em latim: "Onde estão, ó Morte, as tuas pragas?", tomada do Livro de Oseias.


1. Foi um médico brilhante
Moscati nasceu em 25 de setembro de 1880, em Benevento, Itália. Em 1897, matriculou-se na faculdade de medicina e, cinco anos depois, com apenas 22 anos, formou-se com as melhores notas de sua turma.
Além de estudar medicina, tornou-se especialista em 20 especialidades diferentes para melhor atender seus pacientes e foi um dos primeiros a estudar e aplicar insulina para o tratamento da diabete, uma doença que sua mãe tinha.


2. Seu trabalho foi seu meio de santificação
Sendo já um médico, costumava se levantar muito cedo para ir à Missa e receber a comunhão. Depois, dirigia-se às colônias pobres para ver alguns enfermos e, às 8h30, iniciava o trabalho no hospital.
Seus pacientes favoritos sempre foram os pobres, aos quais nunca cobrou dinheiro, atendia sempre com um sorriso no rosto e sem fazer-se notar.
Em várias ocasiões rejeitou ofertas que prometiam uma carreira acadêmica de sucesso, porque percebeu que o plano de Deus para ele era servir aos seus pacientes pobres e treinar seus estagiários.
Após falecer em 12 de abril de 1927, os cidadãos imediatamente o reconheceram como “o médico santo”  e os pobres choraram a perda de seu amigo e doutor.

3. Rezava pelos seus pacientes e os convidava à fé
José Moscati usava os mais altos padrões de medicina e ao mesmo tempo rezava pelos seus pacientes e tentava convencer aqueles que estavam longe da fé a procurar os sacramentos.
Antes de examinar alguém ou realizar alguma pesquisa médica, colocava-se na presença de Deus.

4. Quis ser jesuíta
Por volta dos 30 anos, José Moscati fez um voto particular de celibato e, por algum tempo, achou que tinha vocação para a vida religiosa. Os jesuítas que o aconselharam discerniram que Deus queria que ele permanecesse no mundo como médico.

5. Salvou vidas heroicamente
Poucos anos depois de obter seu diploma de medicina, organizou a evacuação de um hospital durante uma erupção do Monte Vesúvio (o teto do hospital desabou logo após a remoção dos últimos pacientes).
Com apenas 31 anos de idade, ajudou muitos doentes durante uma epidemia de cólera e, durante a Primeira Guerra Mundial, cuidou dos soldados feridos e moribundos do exército italiano.

São José Moscati, rogai por nós!