terça-feira, 22 de setembro de 2009

Células tronco de cordão umbilical


Médicos católicos contra o desaproveitamento dos cordões umbilicais
A FIAMC realizará seu 2º congresso sobre células tronco adultas

Por Patrícia Navas

MÔNACO, segunda-feira, 21 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Grande quantidade de cordões umbilicais estão sendo descartados apesar do elevado potencial das células tronco que contém e cujo uso não causa problemas éticos.

Assim assinalou à ZENIT o presidente da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC), Josep Maria Simon, ao apresentar o segundo Congresso Internacional de Médicos Católicos sobre células tronco adultas, que dedicará um espaço aos avanços sobre o cordão umbilical.

O encontro acontecerá no Principado de Mônaco de 26 a 28 de novembro, com a presença de destacados especialistas e autoridades, entre elas o príncipe Alberto II de Mônaco; e o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Dom Salvatore Fisichella.

“O ideal seria conservar o máximo de cordões umbilicais – indica o médico Simón Castellví – Deveria poder dispor de grandes bancos para que muitas pessoas pudessem se beneficiar”.

“Algumas instituições ainda preferem apoiar a investigação com células tronco embrionárias apesar dos escassos resultados obtidos e os problemas éticos que acarreta”.

“Vejamos se depois de tanto buscar a pedra filosofal ou o elixir da eterna juventude, descobrimos que o temos incorporado nas células tronco que se encontram em nossos próprios tecidos”, diz, para esclarecer depois que o verdadeiro elixir da vida eterna é a Eucaristia.

O príncipe Alberto de Mônaco assinala em sua carta de boas vindas aos participantes do Congresso que “os avanços da pesquisa sobre as células tronco adultas e do cordão umbilical, que reclamam a atenção da comunidade internacional, oferecem um importante ponto de inflexão científica”.

O Congresso abordará os últimos avanços e as perspectivas das pesquisas sobre células tronco adultas.

A FIAMC busca agora atualizar os conhecimentos científicos que se compartilharam durante o primeiro Congresso sobre células tronco adultas realizado em Roma no ano 2006, que contou com uma audiência com o Papa.

Tal e como explica a presidenta do comitê científico do Congresso, Eliane Gluckman, “o avanço na busca de novas áreas terapêuticas só pode ser conseguido através de intercâmbio de ideias entre cientistas, pesquisadores e médicos”.

Atualmente, “os grandes e consolidados avanços com as células tronco adultas residem no tratamento das enfermidades do sangue como as leucemias”, explica Simón Castellví.

“Em outros casos, como os tratamentos do coração infartado ou a obtenção de células para “trocar” tecidos corporais lesionados ou ausentes, há avanços práticos e verdadeiras perspectivas de futuro”, acrescenta.

“É por isso que a Igreja aposta pela pesquisa com células tronco adultas – conclui –: dão resultados e não acarretam os problemas éticos da obtenção de células tronco embrionárias (desmontagem do embrião humano)”.

“Também – assegura –, as células embrionárias são muito discolas, pouco manejáveis, e facilmente crescem sem controle produzindo tumores”.