Esse mesmo grupo está tentando, ainda, pasmem, mudar os nomes de lugares públicos históricos para nomes ligados à corrente de pensamento político atualmente no poder, numa clara tentativa de reescrever a História. Muitas ditaduras de várias vertentes já tentaram o mesmo...
O que ainda piora as coisas é que querem calar os setores da sociedade contrários a este nefasto plano, principalmente a Igreja; como se nós, cristãos e católicos em particular, não tivéssemos direito de voz nem de voto. Gostaria apenas de lembrar que vivemos em um país democrático, onde todos têm direito de manifestar a sua opinião. E mais: esta mesma democracia que permite a todos manifestar a sua opinião é de origem cristã...
O tal Plano Nacional de “Direitos Humanos”, da maneira que foi proposto, fere mortal e frontalmente valores cristãos que estão profundamente enraizados na alma do nosso povo. Como pode a vontade de uma minoria que está no poder prevalecer sobre a vontade de todo o povo brasileiro? Causa estranheza e até revolta que um presidente que veio do povo, como ele próprio gosta de dizer, tenha aprovado tal projeto tão autoritário e ofensivo para grande parte da população. Talvez ele diga como disse em várias outras ocasiões infelizes de seu governo: que não sabia de nada...
Gostaria de destacar apenas 3 pontos mais polêmicos: a liberação do aborto, o “casamento” homossexual e a proibição da ostentação de símbolos religiosos em lugares e repartições públicos.
O aborto é um crime dos mais pérfidos e perversos, pois atinge seres humanos quando estão em sua fase de vida mais frágil e são completamente indefesos. A vida começa na concepção, desde que o espermatozóide se une ao óvulo, mesmo antes da primeira divisão celular. A vida é o nosso bem maior, que todos temos a obrigação de defender.
Por que equiparar a união homoafetiva ao casamento? Cada pessoa é livre para fazer da sua vida o que quiser, sem ser discriminado por isso, mas não tem o direito de obrigar terceiros, principalmente crianças, a viver sob condições contrárias à lei natural, à lei humana devidamente aprovada nas instâncias competentes e ao plano de Deus, que criou o casamento como união indissolúvel entre um homem e uma mulher. Os homossexuais devem fazer valer seus direitos civis enquanto cidadãos, como nos casos de heranças, pensões, cobertura de dependentes em planos de saúde, por exemplo; mas estes pontos podem ser resolvidos através de um contrato civil – não precisa haver casamento formal para tais efeitos.
Tirar os símbolos religiosos dos lugares públicos é de um autoritarismo sem precedentes. Vivemos em um estado laico, mas laico não é sinônimo de anti-religioso, e sim de respeito a todas as religiões. A maioria do povo brasileiro é cristã e não há nenhum problema em mostrar a sua religião. Novamente vemos uma minoria de matriz ideológica socialista e marxista querendo impor o seu ponto de vista e o seu poder provisório e transitório contra o pensamento da maioria da população.
Que Deus nos ajude e nos ilumine a enfrentar mais esta investida contra a Igreja e contra o povo católico do nosso Brasil. Que possamos todos fazer como o nosso patrono, São Paulo: “ai de mim, se não anunciar o Evangelho!”.
(artigo publicado no jornal "O Semeador", nº 689, de 13/02/2010, na coluna do MCC)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela visita e pelo comentário!