A sanha dos seguidores do mal continua a todo vapor. A vida continua na berlinda, sendo atacada continuamente de todos os lados. Haja força e coragem para nós, cristãos, combatermos tantas maldades.
Em todo o mundo, pipocam ações em países governados por todas as tendências políticas, mas todas unânimes contra a vida. Os casos mais recentes: a aprovação do “casamento” gay em vários países, sendo o caso mais recente o da Argentina, e a aprovação do aborto em vários países, inclusive em alguns de longa tradição cristã, como Portugal e Espanha. Neste último, a relativização da vida foi tão intensa que é permitido a uma adolescente abortar sem o conhecimento dos pais. Em Portugal, algo semelhante: é permitido às adolescentes abortar, mas é proibido usar piercings. Quanta relatividade...
Aqui no Brasil, há uma campanha agressiva para a aprovação dos dois delitos contra a vida. Há poucos dias, o presidente da associação brasileira de ginecologia e obstetrícia disse, em entrevista à TV, em programa nacional, a respeito de uma personagem da novela das oito, Passione, claramente ser a favor do aborto, ao declarar que não faria o aborto, mas apenas recomendaria a uma cliente que abortasse por conta própria e depois o procurasse em seguida para não ter complicações como a personagem da novela. Que exemplo...
Outra campanha agressiva é a dos grupos de defesa dos direitos dos homossexuais, que estão lutando para que o famigerado plano nacional de direitos humanos 3 (PNDH3) seja aprovado com todos os “direitos”: casamento gay e aborto. Chegam ao cúmulo de dizer que o casamento não pode ser “privilégio” dos heterossexuais...
Neste próximo mês de outubro, teremos eleições estaduais e federais, legislativas e executivas. Temos todos uma grande oportunidade de varrer do mapa político os maus políticos, novamente candidatos aos mais variados cargos, que costumam tomar posições contra a vida. Vários tiveram suas candidaturas impugnadas pela Lei da Ficha Limpa, uma grande vitória da democracia brasileira, cuja grande responsável foi a Igreja, através da CNBB. Somente depois é que apareceram outras instituições apoiando a causa, como a OAB.
Nós, cristãos e católicos em particular, temos a grave obrigação moral de votar livre e conscientemente; e de escolher candidatos que defendam a vida e que não pertençam a partidos que tradicionalmente são contra a vida. Reproduzo aqui algumas orientações para o voto consciente de Dom Raymundo Damasceno, Arcebispo de Aparecida:
“A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível. Não pode nem deve pôr-se no lugar do Estado. Mas também não pode, nem deve ficar à margem na luta pela justiça” (Bento XVI).
É dever da Igreja orientar os fiéis para que possam participar, democraticamente, com consciência, liberdade e responsabilidade do processo político-eleitoral, apontando critérios éticos e morais que devem ser levados em consideração no momento da escolha do seu candidato. Por isso, na hora de decidir o voto, é importante que o eleitor tenha em mente alguns pontos para nortear sua escolha:
1. Não negocie, nem anule o seu voto: o voto deve ser consciente, livre, responsável e não uma troca de favores. Quem o vende contribui com a corrupção e tem a mesma parcela de culpa daquele que compra. Se vir alguma prática neste sentido, denuncie, imediatamente, às autoridades competentes;
2. Procure conhecer seu candidato: quem é ele? Qual seu histórico de vida? Quais são suas idéias e propostas em relação à saúde, educação, combate a violência, ao crime organizado, reforma agrária? Tem projetos que visam o bem comum, ou somente interesses pessoais e de grupos? Seu nome está envolvido em denúncia de corrupção ou algum escândalo de cunho ético ou moral? É defensor da democracia, da liberdade de expressão e do respeito as convicções religiosas e da livre manifestação da fé? Está comprometido com a justiça social, com a observância e o cumprimento dos direitos humanos, com o pleno respeito a vida humana, desde a sua concepção até à morte natural, e com políticas públicas que beneficiem o bem-estar da população, principalmente, dos mais pobres?
3. Seja coerente consigo mesmo e com seus princípios: não vote pelos resultados que as pesquisas apresentam, ou por outro qualquer motivo, que interfira na sua liberdade de escolha. O voto é livre. Vote naquele (a) que você perante Deus, a sociedade e sua consciência julgar merecer o seu voto;
4. Após a eleição: acompanhe o desempenho, as ações e as decisões políticas e administrativas daqueles que, democraticamente, foram eleitos para governar e legislar em nosso País. Cobre a coerência e o cumprimento dos compromissos assumidos durante a campanha eleitoral, e apóie iniciativas em favor do bem-estar integral da população.
Escolher os representantes para o Congresso Nacional ou Assembléias Estaduais não é tarefa fácil; é um desafio. É preciso, pois, ter espírito crítico, discernimento e interesse pelo bem de toda a sociedade. Assim, conseguiremos, de fato, exercer nossa cidadania e contribuir na construção de um Brasil mais humano, solidário e justo para todos.
Que Deus, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, nos ajude e nos ilumine neste propósito!
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