sábado, 17 de setembro de 2011

O valor da vida humana



A vida humana não tem mais valor para muita gente. Basta observar a tendência de opinião das pessoas sobre assuntos que não deveriam sequer ser discutidos se lícitos ou ilícitos, como é o caso do aborto, da pena de morte, da eutanásia etc.

Não se leva em consideração que uma gestação de uma mulher dará origem a outro ser humano, e não a um repolho ou um cachorro; discute-se até a exaustão se o aborto seria crime ou não, como se aquele pequeno óvulo fecundado não estivesse vivo e não fosse um ser humano. Não se leva em consideração o valor da vida de uma pessoa que está sofrendo de uma doença grave e incurável, ou se encontra em estado irreversível, como se a vida fosse algo secundário ou descartável...

De outro lado, aqui no Brasil, os projetos de lei que tentam implantar a pena de morte são rapidamente rechaçados porque seriam “cruéis e desumanos”, embora a cada vez que ocorre algum assassinato brutal e ou cruel o assunto volta, mesmo que timidamente. Entretanto, as mesmas pessoas que condenam a pena de morte aprovam atos de barbárie, como linchamentos em praça pública...

Outro fato que tem me causado impacto é a frieza das pessoas que conseguem, diante de uma tragédia, pensar em tirar vantagem pessoal. Falo aqui dos saques a cargas de caminhões tombados nas ruas e estradas, que já se tornou lugar comum, que evoluiu com tal perversidade das pessoas que já nem se tenta socorrer as vítimas; a turba ensandecida só pensa em saquear o que puder. Ninguém sequer tenta socorrer as vítimas.

Alguns fatos recentes me chocaram: o turista francês que caiu do bondinho no Rio de Janeiro e teve sua máquina fotográfica roubada enquanto ainda agonizava, sem receber socorro. E nesta semana, quatro pessoas da mesma família, que estavam indo de Chã Preta a Viçosa após fazer feira, foram atingidos de frente por uma caçamba e tiveram morte instantânea. O carro ficou completamente destruído, mas mesmo assim, a população da área ainda teve a frieza de roubar toda a feira, os chaveiros com as chaves dos ocupantes do carro, os telefones celulares e até o estepe, antes que a polícia chegasse.

Sinais dos tempos difíceis que estamos vivendo, nos quais o próprio umbigo vale mais que tudo...

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