segunda-feira, 4 de julho de 2011

Trinta anos de HIV e AIDS: avanços e retrocessos


A pandemia da AIDS, que já completou 30 anos, mudou o mundo. Esta doença provocou mudanças de comportamento e de mentalidade, algumas para melhor, outras nem tanto. Hoje já se fala mais abertamente sobre sexo, o que é saudável; não se pode esconder sob um véu de falso moralismo algo tão importante na vida de todas as pessoas. É preciso conhecer para viver uma sexualidade saudável.

Mas há abusos, e muitos. Apesar dos dados oficiais retumbantes, ainda há muita desinformação e preconceito de todos os lados. Dados da Organização Mundial de Saúde informam existirem 42 milhões de casos de HIV / AIDS em todo o mundo até dezembro de 2010; e no Brasil, no mesmo intervalo, 592.914 casos confirmados pelo Ministério da Saúde. Os dados da OMS mostram que a população mais vulnerável ao HIV, com taxas de infecção maciça em alguns países, mas que varia de 2% a mais de 60% do grupo populacional, é o de homossexuais masculinos, nas suas mais variadas formas (homossexual, bissexual e transsexual). No Brasil, a contaminação pelo HIV da população homossexual é de 10%; o risco de um homossexual se contaminar sexualmente pelo HIV é 20 vezes maior que de um heterossexual. São dados alarmantes, mas que parecem não convencer o Ministério da Saúde do Brasil, as secretarias estaduais e municipais deste país enorme e os grupos de defesa dos homossexuais, que insistem apenas no uso do preservativo para conter a AIDS...

Entretanto, os grupos de defesa dos homossexuais estão cada vez mais agressivos e pleiteando direitos que não lhes compete. Eles querem que todo mundo ache certo, normal e natural seu modo de vida, e pior que isso, querem incriminar quem ousar pensar diferente – é só ver o famigerado PL 122, que criminaliza a homofobia, a ponto de querer impedir manifestações de consciência contrárias, como a de religiosos. Um ponto culminante do preconceito às avessas partiu dos próprios grupos de defesa dos homossexuais na última parada gay de São Paulo, quando eles partiram para o deboche e o desrespeito com símbolos religiosos católicos e até distorceram frases bíblicas para justificar suas atitudes. Sobre estes fatos lamentáveis, vale a pena ler as manifestações lúcidas do Cardeal Odilo Scherer, de São Paulo e do bispo auxiliar de Aracaju, Dom Henrique Soares da Costa:

http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/artigos/2011/artigos_110628_parada_gay.htm

http://costa_hs.blog.uol.com.br/arch2011-06-26_2011-07-02.html#2011_06-27_00_41_35-2574690-0

Os homossexuais têm que lutar para ter seus direitos de cidadãos reconhecidos, contra a discriminação, mas não podem impor seus conceitos a quem quer que seja. Eles têm direito de pensar e agir diferente, e nós temos o direito de não concordar. Ponto.

Mais uma vez, a Igreja mostra, serenamente, qual é o caminho a seguir – para todos: abstinência sexual para os solteiros e fidelidade conjugal para os casados. Sem uma mudança profunda de mentalidade e de atitudes, não vamos vencer a AIDS e continuarão a ocorrer muitos casos entre os homossexuais, que são o grupo populacional mais vulnerável. Não basta usar camisinha, é obrigatório reduzir o número de parceiros e as práticas sexuais de risco.

Que Deus nos ajude a enfrentar mais esta tempestade que a Igreja está passando. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


2 comentários:

  1. "Os homossexuais têm que lutar para ter seus direitos de cidadãos reconhecidos, contra a discriminação, mas não podem impor seus conceitos a quem quer que seja. Eles têm direito de pensar e agir diferente, e nós temos o direito de não concordar. Ponto."

    O mesmo argumento serve pra Igreja? Se servir, ela não pode impor seus conceitos de castidade e fidelidade como forma de combater a AIDS.

    Um abraço,
    Fábio

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  2. Grande Fábio! Que prazer vê-lo aqui! :-)

    O mesmo argumento serve para a Igreja, sim. A Igreja não impõe nada, a Igreja propõe; quem impõe são os poderes legalmente constituídos para tal. Entretanto, há abusos, como no recente caso da "interpretação" sobre a família que o STF fez.

    Outro ponto muito importante: a Igreja não só pode, como deve, expor os seus pontos de vista e brigar pelos seus interesses. Vivemos em uma democracia, e todos temos direito à livre manifestação do pensamento. Vale o peso dos argumentos e a força dos votos e da lei.

    Um abraço!

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