domingo, 12 de abril de 2009

A Páscoa que desejamos

A PÁSCOA QUE DESEJAMOS

A Páscoa chegou! Jesus ressuscitou! Aleluia! Aleluia!

Todos os anos, nós, cristãos católicos, somos convidados, durante a Quaresma, a fazer uma reflexão sobre a vida que levamos. Quaresma é tempo forte de conversão, de mudança de vida, para uma nova vida em Jesus Cristo, que ressurgiu da morte para nos dar a nova vida na Páscoa, na Ressurreição.

Qual a Páscoa que desejamos? A Páscoa do amor, da fraternidade, da misericórdia, do perdão, da tolerância, do entendimento, da vida. E o que estamos fazendo para alcançarmos este objetivo?

Vivemos em um mundo cada vez mais secularizado, agressivo, competitivo, egoísta, individualista. Um mundo no qual assistimos uma escalada crescente de intolerância, ódio, incompreensão, egoísmo. Um mundo marcado profundamente pelo hedonismo, pelo laicismo agressivo, pela relativização dos valores mais sagrados do ser humano, como a vida, gerando a cultura da morte. Um mundo marcado pelo ódio às religiões, pela intolerância com o diferente, com o mais fraco, com o que acredita diferente da gente. Um mundo marcado pela banalização dos contra valores familiares, como o divórcio, a exaltação do homossexualismo e todas as suas funestas conseqüências, o sexo livre e desenfreado...

Vivemos em um mundo que ataca frontal e impiedosamente aqueles que ousam pensar diferente da maioria massificada. Recordemos os pesados ataques sofridos pela Igreja, quando ousou defender o direito à vida das duas crianças geradas por estupros sucessivos de um padrasto em uma menina de 9 anos em Pernambuco. A cultura da morte, afinal e infelizmente, prevaleceu.

Recordemos, ainda, os sucessivos ataques que o Papa Bento XVI e seus antecessores sofrem continuamente, quando denunciam corajosamente que o gravíssimo problema das doenças sexualmente transmissíveis, cujo maior expoente atual é o HIV / AIDS, não se resolve simplesmente distribuindo preservativos, e sim investindo maciçamente na única receita eficaz, que a Igreja sabiamente prega há séculos: fidelidade matrimonial e abstinência sexual dos não casados.

Mais ainda: vivemos em um mundo cuja violência virou rotina. A CNBB, este ano, através da campanha da Fraternidade sobre segurança pública, vem nos alertar para este gravíssimo problema, que está deixando a nós, homens e mulheres de bem, prisioneiros dos sistemas e esquemas de segurança. Quantas vidas já foram ceifadas pela violência? Quanto de nossas vidas pessoal, familiar, profissional é afetado diretamente pela violência?

Outro gravíssimo problema que enfrentamos é a corrupção em todos os níveis. O pior é que muitos homens de bem já aceitam as práticas tão comuns aos nossos políticos como inevitáveis e normais. Será que são?

Não podemos perder a nossa capacidade de indignação diante de tantas coisas que ferem os nossos princípios e valores cristãos. Precisamos lutar com todas as nossas forças para alcançarmos a Páscoa que desejamos, que buscamos, que merecemos, que nos foi prometida por Deus. Precisamos saber usar de nossa liberdade para o bem, para o amor, para a paz. Enfim, precisamos e podemos construir um mundo melhor.

Feliz Páscoa!



(texto publicado em 11/04/2009 n'O Semeador, na coluna do Cursilho de Cristandade, jornal da Arquidiocese de Maceió)

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